20100309

Vírus CCP (Fractais, Devires e outros Fluídos Desalienantes)

“de que sentidos carecemos que não podemos ver um outro mundo em torno de nós?”
Frank Herbert


Sobre o medo do caos, a vontade de ordem e a ilusão da explicação
Podemos apenas buscar equilíbrio nos fluxos de caos para se existir, para se traçar um caminho, mas não um destino; desejamos operar o caos porque precisamos de ter consciência de que “estamos aqui”. Isso nos faz ficarmos presos á um ponto de referência. (...) Os que temem o caos jamais poderão encontrar suas liberdades. Ficarão presos á necessidade de estruturar, conceituar, moldar, classificar, formatar, deformar o que por si só já é perfeição. O instante presente é a única que de real acontece, o resto é imperialismo do tempo, imposição da história, regras das instituições, efeitos de realidade do poder que nos manipula. O imediato é a única coisa que nos pertence, e que nos foi roubado pelo poder estabelecido. Como te-lo de volta? Basta matar a concepção de tempo, a necessidade da verdade, o vício de produção, dissolver as crenças. Não estamos aqui para atender as expectativas de alguém, ou ter expectativas sobre os outros. Viemos para coexistir e contemplar a beleza do caos. É preciso compreender que estamos aqui para aprender (muito alem da física e da metafísica), e não para julgar, segregar, violar, dominar, doutrinar,compelir, manipular, seduzir, competir... A parte que subjulga a outra parte dilacera o todo, distorce qualquer possibilidade de coexistência, que é para onde tudo caminha. Será que existem criaturas que estejam dispostas a viver aquilo que o universo oferece, desfrutar de tudo que o caos desgoverna? Os que temem o caos jamais terão as suas respostas. E os que não temem, desprezarão qualquer necessidade de respostas.


Que o Caos esteja conosco

CCP

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