20081119

Conselhos Extraterrenos

Esta começando a encontrar respostas.

Embora difícil, as recompensas serão ótimas.

Exercite plenamente a sua mente, sabendo ser apenas um exercício.

Construa artefatos, resolva problemas, explores os segredos do universo.

Usufrua de todos os seus sentidos.

Sinta alegria, pesar, riso, empatia. Leve a memória em sua bagagem.

Eu me lembro de onde vim e como me tornei humano.

Porque estive por aqui. Agora, minha partida está marcada.

Saída. Velocidade de escape. Não só a eternidade, mas o infinito.

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Evolução Telescópica



Estuda-se o desenvolvimento humano pela evolução do organismo...
e sua interação ambiental.
A evolução do organismo começa com a evolução através do hominídio...
até a evolução do homem, o Neandertahl, o Cro-Magnon.
Ora, o que temos aqui são três eixos.
O biológico, o antropológico, o desenvolvimento das culturas...
E o cultural, que é a expressão humana.
O que se viu foi a evolução de populações, não de indivíduos.
Pensa na escala temporal em questão.
A vida tem dois bilhões de anos, o hominídeo, seis milhões.
A humanidade, como a conhecemos hoje, tem 100 mil anos.
Percebe como o paradigma evolutivo vai se estreitando?
Quando se pensa na agricultura, na revolução científica e industrial...
São apenas 10 mil anos, 400 anos, 150 anos.
Vê-se um estreitamento crescente da temporalidade evolutiva.
À medida que entramos na nova evolução...
ela se estreitará ao ponto que a veremos no curso de uma vida.
Há dois novos eixos evolutivos, vindos de dois tipos de informação.
O digital e o analógico. O digital é a inteligência artificial.
O analógico resulta da biologia molecular e da clonagem.
Une-se os dois coma neurobiologia.
Sob o antigo paradigma, um morreria, o outro dominaria.
Sob o novo paradigma, eles existem como um grupamento...
Cooperativo e não-competitivo, independente do meio externo.
Assim, a evolução torna-se um processo individualmente centrado...
Emanando do indivíduo...
Não há um processo passivo onde o indivíduo está sujeito ao coletivo.
Produz-se então um neo-humano...
com uma nova individualidade, uma nova consciência.
Esse é apenas o começo do ciclo.
À medida que ele se desenvolve, a fonte é a nova inteligência.
Enquanto as inteligências e as habilidades se sobrepõem...
A velocidade muda até atingir um crescendo.
Imagine, uma realização instantânea do potencial humano e neo-humano.
Isso pode ser a amplificação do indivíduo...
A multiplicação de existências individuais paralelas...
Onde o indivíduo não mais estaria restrito pelo tempo e pelo espaço.
E estas manifestações desta neo-humana evolução...
Poderiam ser dramaticamente imprevisíveis.
A antiga evolução é fria, é estéril, é eficiente.
Sua manifestações são aquelas da adaptação social.
Trata-se de parasitismo, dominação, moralidade...
Guerra, predação.
Essas coisas ficarão sujeitas à falta de ênfase e de evolução.
O novo paradigma nos daria as marcas...
Da verdade, da lealdade, da justiça e da liberdade.
Estas seriam as manifestações desta evolução. Isso é o que nós esperamos.

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20081118

O Universo como um Holograma

Existe uma Realidade Objetiva ou o Universo é um Fantasma?

Em 1982 ocorreu um fato muito importante. Na Universidade de Paris uma equipe de pesquisa liderada pelo físico Alain Aspect realizou o que pode se tornar o mais importante experimento do século 20. Você não ouviu falar sobre isto nas notícias da noite. De fato, a menos que você tenha o hábito de ler jornais e revistas científicos, você provavelmente nunca ouviu falar no nome de Aspect.

E há muitos que pensam que o que ele descobriu pode mudar a face da ciência.

Aspect e sua equipe descobriram que sob certas circunstâncias partículas subatômicas como os elétrons são capazes de instantaneamente se comunicar umas com as outras a despeito da distância que as separe. Não importa se está distância é de 10 pés ou de 10 bilhões de milhas. De alguma forma uma partícula sempre sabe o que a outra está fazendo. O problema com esta descoberta é que isto viola a por muita tempo sustentada afirmação de Einstein que nenhuma comunicação pode viajar mais rápido do que a velocidade da luz. E como viajar mais rápido que a velocidade da luz é o objetivo máximo para quebrar a barreira do tempo, este fato estonteante tem feito com que muitos físicos tentem vir com maneiras elaboradas para descartar os achados de Aspect .

Mas também tem proporcionado que outros busquem explicações mais radicais.

O físico da Universidade de Londres, David Bohm, por exemplo, acredita que as descobertas de Aspect implicam na realidade objetiva não existe, que a despeito da aparente solidez o universo está no coração de um holograma fantástico, gigantesco e extremamente detalhado. Para entender porque Bohm faz esta afirmativa surpreendente, temos primeiro que saber um pouco sobre hologramas. Um holograma é uma fotografia tridimensional feita com a ajuda de um laser.

Para fazer um holograma, o objeto a ser fotografado é primeiro banhado com a luz de um raio laser. Então um segundo raio laser é colocado fora da luz refletida do primeiro e o padrão resultante de interferência (a área aonde se combinam estes dois raios laser) é capturada no filme. Quando o filme é revelado, parece um rodamoinho de luzes e linhas escuras. Mas logo que este filme é iluminado por um terceiro raio laser, aparece a imagem tridimensional do objeto original.

A tridimensionalidade destas imagens não é a única característica importante dos hologramas. Se o holograma de uma rosa é cortado na metade e então iluminado por um laser, em cada metade ainda será encontrada uma imagem da rosa inteira. E mesmo que seja novamente dividida cada parte do filme sempre apresentará uma menor, mas ainda intacta versão da imagem original. Diferente das fotografias normais, cada parte de um holograma contém toda a informação possuída pelo todo.

A natureza de "todo em cada parte" de um holograma nos proporciona uma maneira inteiramente nova de entender organização e ordem. Durante a maior parte de sua história, a ciência ocidental tem trabalhado dentro de um conceito que a melhor maneira para entender um fenômeno físico , seja ele um sapo ou um átomo, é dissecá-lo e estudar suas partes respectivas.
Um holograma nos ensina que muitas coisas no universo não podem ser conduzidas por esta abordagem. Se tentarmos tomar alguma coisa a parte, alguma coisa construída holograficamente, não obteremos as peças da qual esta coisa é feita, obteremos apenas inteiros menores.

Este "insight" é o sugerido por Bohm como outra forma de compreender os aspectos da descoberta de Aspect. Bohm acredita que a razão que habilita as sub partículas a permanecerem em contacto umas com as outras a despeito da distância que as separa não é porque elas estejam enviando algum tipo de sinal misterioso, mas porque esta separação é uma ilusão.
Ele argue que em um nível mais profundo de realidade estas partículas não são entidades individuais, mas são extensões da mesma coisa fundamental. Para capacitar as pessoas a melhor visualizarem o que ele quer dizer, Bohm oferece a seguinte ilustração.

Imagine um aquário que contém um peixe. Imagine também que você não é capaz de ver este aquário diretamente e seu conhecimento deste aquário se dá por meio de duas câmaras de televisão, uma dirigida ao lado da frente e outra a parte lateral.

Quando você fica observando atentamente os dois monitores, você acaba presumindo que o peixe de cada uma das telas é uma entidade individual. Isto porque como as câmeras foram colocadas em ângulos diferentes, cada uma das imagens será também ligeiramente diferente. Mas se você continua a olhar para os dois peixes, você acaba adquirindo a consciência de que há uma relação entre eles.

Quando um se vira, o outro faz uma volta correspondente apenas ligeiramente diferente; quando um se coloca de frente para a frente, o outro se coloca de frente para o lado. Se você não sabe das angulações das câmeras você pode ser levado a concluir que os peixes estão se intercomunicando, apesar de claramente este não ser o caso.

Isto, diz Bohm, é precisamente o que acontece com as partículas subatômicas na experiência de Aspect. Segundo Bohm, a aparente ligação mais-rápido-do-que-a-luz entre as partículas subatômicas está nos dizendo realmente que existe um nível de realidade mais profundo da qual não estamos privados, uma dimensão mais complexa além da nossa própria que é análoga ao aquário. E ele acrescenta, vemos objetos como estas partículas subatômicas como se estivessem separadas umas das outras porque estamos vendo apenas uma porção da realidade delas.

Estas partículas não são partes separadas, mas sim facetas de uma unidade mais profunda e mais subliminar que é holográfica e indivisível como a rosa previamente mencionada. E como tudo na realidade física está compreendido dentro destes "eidolons", o próprio universo é uma projeção, um holograma.

Em adição a esta natureza fantástica, este universo possuiria outras características surpreendentes. Se a aparente separação das partículas subatômicas é uma ilusão, isto significa que em nível mais profundo de realidade todas as coisas do universo estão infinitamente interconectadas.

Os elétrons num átomo de carbono no cérebro humano estão interconectados com as partículas subatômicas que compreendem cada salmão que nada, cada coração que bate, e cada estrela que brilha no céu.

Tudo interpenetra tudo e embora a natureza humana possa buscar categorizar como um pombal e subdividir os vários fenômenos do universo, todos os aportes toda esta necessidade é de fato artificial e todas de natureza que é finalmente uma rede sem sentido.

Em um universo holográfico, mesmo o tempo e o espaço não podem mais serem vistos como fundamentais. Porque conceitos como localização se quebram diante de um universo em que nada está verdadeiramente separado de nada, tempo e espaço tridimensional, como as imagens dos peixes nos monitores, também podem ser vistos como projeções de ordem mais profunda.

Este tipo de realidade a nível mais profundo é um tipo de super holograma no qual o passado, o presente, e o futuro existem simultaneamente. Sugere que tendo as ferramentas apropriadas pode ser algum dia possível entrar dentro deste nível de realidade super holográfica e trazer cenas do passado há muito esquecido. Seja o que for que o super holograma contenha, é ainda uma questão em aberto. Pode-se até admitir, por amor a argumentação, que o super holograma é a matriz que deu nascimento a tudo em nosso universo e no mínimo contém cada partícula subatômica que existe ou existirá - cada configuração da matéria e energia que é possível, de flocos de neve a quasars, de baleias azuis aos raios gamma. Deve ser visto como um tipo de "depósito" de ''Tudo que é".

Embora Bohm admita que não há maneira de saber o que mais pode estar oculto no super holograma, ele se arrisca em dizer que não temos qualquer razão para admitir que ele não contenha mais. Ou, como ele coloca, talvez o nível super holográfico da realidade seja um simples estágio além do que repousa ''uma infinidade de desenvolvimento posterior''.

Bohm não é o único pesquisador que encontrou evidências de que o universo é um holograma. Trabalhando independentemente no campo da pesquisa cerebral, o neurofisiologista Karl Pribram, de Standford também se persuadiu da natureza holográfica da realidade. Pribram desenhou o modelo holográfico para o quebra cabeças de como e onde as memórias são guardadas no cérebro.

Por décadas, inúmeros estudos tem mostrado que muito mais que confinadas a uma localização específica, as memórias estão dispersas pelo cérebro.

Em uma série de experiências com marcadores na década de 20, o cientista cerebral Karl Lashley concluiu que não importava que porção do cérebro do rato fosse removida; ele era incapaz de erradicar a memória de como eram realizadas as atividades complexas que tinham sido aprendidas antes da cirurgia. O único problema foi que ninguém foi capaz de poder explicar a natureza de ''inteiro em cada parte'' da estocagem da memória.

Então, na década de 60, Pribram encontrou o conceito de holografia e entendeu que ele tinha achado a explicação que os cientistas cerebrais estavam buscando. Pribram acredita que as memórias são codificadas não nos neurônios, ou pequenos grupos de neurônios, mas em padrões de impulsos nervosos de tipo cruzado em todo o cérebro da mesma forma que a interferência da luz laser atravessa toda a área de um pedaço de filme contendo uma imagem holográfica. Em outras palavras, Pribram acredita que o próprio cérebro é um holograma.

A teoria de Pribram também explica como o cérebro humano pode guardar tantas memórias em um espaço tão pequeno.

Tem sido calculado que o cérebro humano tem a capacidade de memorizar algo na ordem de 10 bilhões de bits de informação durante a média da vida humana (ou rudemente comparando, a mesma quantidade de informação contida em cinco volumes da Enciclopédia Britannica).

Similarmente, foi descoberto que em adição as suas outras capacidades, o holograma possui uma capacidade de estocagem de informação simplesmente mudando o ângulo no qual os dois lasers atingem um pedaço de filme fotográfico, e é possível gravar muitos registros diferentes na mesma superfície. Tem sido demonstrado que um centímetro cúbico pode estocar mais que 10 bilhões de bits de informação.

Nossa habilidade de rapidamente recuperar qualquer informação que precisamos do enorme estoque de nossas memórias se torna mais compreensível se o cérebro funciona segundo princípios holográficos. Se um amigo pede a você que diga o que lhe vem à mente quando ele diz a palavra "zebra", você não tem que percorrer uma gigantesca lista alfabética para encontrar a resposta. Ao contrário, associações como ''listrada'', parecida com um cavalo e ''animal nativo da África'' logo lhe vem a mente.

Uma das coisas mais surpreendentes sobre o processo de pensamento humano é que cada peça de informação parece imediatamente correlacionada com muitas outras - uma outra característica intrínseca do holograma. Por que cada porção de um holograma é infinitamente interligada com todas as outras porções, talvez seja a natureza o supremo exemplo de um sistema interligado.

A estocagem da memória não é o único quebra cabeças neurofisiológico que se torna abordável a luz do modelo holográfico de cérebro de Pribram.

Um outro é como o cérebro é capaz de traduzir a avalanche de freqüências que recebe via sentidos (freqüências de sons, freqüências de luz e assim por diante ) dentro do mundo concreto de nossas percepções. Codificando e decodificando freqüências é precisamente o que o holograma faz melhor. Exatamente como um holograma funciona como um tipo de lente, um aparelho tradutor capaz de converter um borrão de freqüências aparentemente sem sentido em uma imagem coerente, Pribram acredita que o cérebro também parece uma lente e usa os princípios holográficos para converter matematicamente as freqüências que recebe através dos sentidos dentro do mundo interior de nossas percepções. Um impressionante corpo de evidência sugere que o cérebro usa os princípios holográficos para realizar as suas operações. A teoria de Pribram de fato tem ganhado suporte crescente entre os neurofisiologistas.

O pesquisador ítalo-argentino Hugo Zucarelli recentemente estendeu o modelo holográfico ao mundo dos fenômenos acústicos.

Confuso pelo fato de que os humanos podem localizar a fonte dos sons sem moverem as cabeças, mesmo se eles só possuem audição em um ouvido, Zucarelli descobriu que os princípios holográficos podem explicar estas habilidades.

Zucarelli também desenvolveu uma técnica de som holográfico, uma técnica de gravação capaz de reproduzir sons acústicos com um realismo quase inconcebível.

A crença de Pribram que nossos cérebros constroem matematicamente a ''dura'' realidade pela liberação de um input de uma freqüência dominante também tem recebido grande quantidade de suporte experimental. Foi descoberto que cada um de nossos sentidos é sensível a uma extensão muito mais ampla de freqüências do que se suspeitava anteriormente. Os pesquisadores tem descoberto, por exemplo, que nosso sistema visual é sensível às freqüências de som, nosso sentido de olfato é em parte dependente do que agora chamamos de freqüências ósmicas e que mesmo cada célula de nosso corpo é sensível a uma ampla extensão de freqüências. Estas descobertas sugerem que está apenas sob o domínio holográfico da consciência e que estas freqüências são selecionadas e divididas dentro das percepções convencionais.

Mas o mais envolvente aspecto do modelo holográfico cerebral de Pribram é o que acontece quando ele é conjugado à teoria de Bohm. Se a "concretividade" do mundo nada mais é do que uma realidade secundária e o que está "lá" é um borrão de freqüências holográfico, e se o cérebro é também um holograma e apenas seleciona algumas das freqüências deste borrão e matematicamente transforma-as em percepções sensoriais, o que vem a ser a realidade objetiva? Colocando de forma simples, ela deixa de existir.

Como as religiões orientais a muito tem afirmado, o mundo material é Maya, uma ilusão, e embora pensemos que somos seres físicos que se movem em um mundo físico, isto também é uma ilusão.

Somos realmente "receptores" boiando num mar caleidoscópio de freqüência, e que extraímos deste mar e transformamos em realidade física não é mais que um canal entre muitos do super holograma.

Esta intrigante figura da realidade, a síntese das abordagens de Bohm e Pribram tem sido chamada de "paradigma holográfico", e embora muitos cientistas tenham recebido isto com ceticismo, este paradigma tem galvanizado outros. Um pequeno mas crescente grupo de pesquisadores acredita que este pode ser o modelo mais acurado da realidade científica que foi mais longe. Mais do que isto, muitos acreditam que ele pode solucionar muitos mistérios que nunca foram antes explicados pela ciência e mesmo estabelecer o paranormal como parte da natureza.

Numerosos pesquisadores como Bohm e Pribram têm notado que muitos fenômenos parapsicológicos se tornam muito mais compreensíveis em termos do paradigma holográfico.

Em um universo em que cérebros individuais sào atualmente porções indivisíveis de um holograma muito maior e tudo está infinitamente interligado, a telepatia pode ser simplesmente o acessamento do nível holográfico. E é obviamente muito mais fácil entender como a informação pode viajar da mente do indivíduo A para a do indivíduo B ao ponto mais distante e auxilia a entender um grande número de quebra cabeças em psicologia. Em particular, Grof sente que o paradigma holográfico oferece um modelo de compreensão para muitos estonteantes fenômenos vivenciados por indivíduos durante estados alterados de consciência.

Nos anos 50, conduzindo uma pesquisa em que se acreditava que o LSD seria um instrumento psicoterapêutico, Grof teve uma paciente que de repente ficou convencida que tinha assumido a identidade de uma fêmea de uma espécie pré-histórica de répteis.

Durante o curso da alucinação dela, ela não somente deu riquíssimos detalhes do que ela sentia ao ser encapsulada naquela forma, mas notou que uma porção do macho daquela espécie tinha anatomia que era um caminho para as escamas coloridas ao lado de sua cabeça. O que foi surpreendente para Grof é que a mulher não tinha conhecimento prévio sobre estas coisas, e uma conversação posterior com um zoologista confirmou que em certas espécies de répteis as áreas coloridas na cabeça tem um importante papel como estimulantes do desenvolvimento sexual.

A experiência desta mulher não foi única. Durante o curso da pesquisa, Grof encontrou exemplos de pacientes regredindo e se identificando com virtualmente todas as espécies na árvore evolucionária (descobertas da pesquisa ajudaram a influenciar a cena do homem-vindo-do-macaco no filme Altered States). E mais ainda, ele descobriu que estas experiências freqüentemente continham detalhes obscuros que mais tarde vieram a ser confirmados como acurados.

Regressões dentro do reino animal não são os únicos quebra cabeças entre os fenômenos psicológicos que Grof encontrou.

Ele também teve pacientes que pareciam entrar em algum tipo de consciência racial ou coletiva. Indivíduos com pouca ou nenhuma educação repentinamente davam detalhadas descrições das práticas funerárias do Zoroastrismo e cenas da mitologia hindu. Em outro tipo de experiências os indivíduos forneciam relatos persuasivos de jornadas fora do corpo, relâmpagos pré-cognitivos do futuro, de regressões dentro de aparentemente encarnações de vidas passadas.

Em pesquisa posterior, Grof encontrou a mesma extensão de fenômenos manifestados em seções de terapia que não envolviam o uso de drogas. Em virtude dos elementos em comum nestas experiências parecerem transcender a consciência individual, além dos usuais limites do ego e/ou as limitações de tempo ou espaço, Grof chamou estas manifestações de experiências transpessoais e no fim dos anos 60 ele auxiliou na fundação de um ramo de psicologia chamada ''psicologia transpessoal'' e se devotou inteiramente ao seu estudo.

Embora a recém fundada Association of Transpersonal Psychology conquistasse um rápido crescimento entre o grupo de profissionais de mente similar, e se tornasse um ramo respeitado da psicologia, durante anos nem Grof nem seus colegas foram capazes de fornecer um mecanismo para explicar os bizarros fenômenos psicológicos que eles estavam testemunhando. Mas isto mudou com o advento do paradigma holográfico. Como Grof recentemente notou, se a mente é parte de um continuum, um labirinto que é conectado não somente as outras mentes que existem ou existiram, mas a cada átomo, cada organismo e região na vastidão do espaço e tempo, o fato de que seja capaz de ocasionalmente fazer entradas no labirinto e Ter experiências transpessoais não pode mais parecer estranho.

O paradigma holográfico tem também implicações nas chamadas ciências "concretas" como a biologia. Keith Floyd, um psicólogo do Virginia Intermont College, tem pontificado que a concretividade da realidade é apenas uma ilusão holográfica, e não está muito longe da verdade dizer que o cérebro produz a consciência. Mais ainda, é a consciência que cria a aparência do cérebro - bem como do corpo e de tudo mais que nós interpretamos como físico. Esta virada na maneira de se ver as estruturas biológicas fez com que pesquisadores apontassem que a medicina e o nosso entendimento do processo de cura poderia também ser transformado em um paradigma holográfico. Se a aparente estrutura física do corpo nada mais é do que a projeção holográfica da consciência, torna-se claro que cada um de nós é mais responsável por sua saúde do que admite a atual sabedoria médica. Que nós agora vejamos as remissões miraculosas de doenças podem ser próprias de mudanças na consciência que por sua vez efetua alterações no holograma do corpo.

Similarmente, novas técnicas controversas de cura como a visualização podem funcionar muito bem porque no domínio holográfico de imagens pensadas que são muito "reais" se tornam "realidade". Mesmo visões e experiências que envolvem realidades "não ordinárias" se tornam explicáveis sob o paradigma holográfico. Em seu livro, "Gifts of Unknown Things," o biologista Lyall Watson descreve seu encontro com uma mulher xamã indonésia que, realizando uma dança ritual , foi capaz de fazer um ramo inteiro de uma árvore desaparecer no ar. Watson relata que ele e outro atônito expectador continuaram a olhar para a mulher, e ela fez o ramo reaparecer, desaparecer novamente e assim por várias vezes.

Embora o atual entendimento científico seja incapaz de explicar estes eventos, experiências como esta vem a ser mais plausíveis se a "dura" realidade é apenas uma projeção holográfica. Talvez concordemos sobre o que está "lá" ou "não está lá" porque o que chamamos consenso realidade é formulada e ratificada no nível de inconsciência humana a qual todas as mentes estão interligadas.

Se isto é verdade, a mais profunda implicação do paradigma holográfico é que as experiências do tipo da de Watson' não são lugares comum somente porque nós não temos programado nossas mentes com as crenças que fazem com que sejam.

Num universo holográfico não há limites para e extensão do quanto podemos alterar o tecido da realidade. O que percebemos como realidade é apenas uma forma esperando que desenhemos sobre ela qualquer imagem que queiramos.

Tudo é possível, de colheres entortadas com o poder da mente aos eventos fantasmagóricos vivenciados por Castaneda durante seus encontros com o bruxo Yaqui Don Juan, mágico de nascença, não mais nem menos miraculoso que a nossa habilidade para computar a realidade que nós queremos quando sonhamos.

E assim, mesmo as nossas noções fundamentais sobre a realidade se tornam suspeitas, dentro de um universo holográfico, como Pribram postulou, e mesmo eventos ao acaso podem ser vistos dentro dos princípios básicos holográficos e portanto determinados.

Sincronicidades ou coincidências significativas de repente fazem sentido, e tudo na realidade terá que ser visto como uma metáfora, e mesmo eventos ao acaso expressariam alguma simetria subjacente.

Seja o paradigma holográfico de Bohm e Pribram aceito na ciência ou morra de morte ignóbil, é seguro dizer que ele já tem influenciado a mente de muitos cientistas. E mesmo se descoberto que o modelo holográfico não oferece a melhor explicação para as comunicações instantâneas que vimos ocorrer entre as partículas subatômicas, no mínimo, como observou notou Basil Hiley, um físico do Birbeck College de Londres, os achados de Aspect "indicam que devemos estar preparados para considerar radicalmente novos pontos de vista da realidade ".

Autor desconhecido

Tradução do original:
Reality - the Holographic Universe - 03/16/97

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20081107

CCP ???

A CCP funciona como um portal, um canal, que capta Visões de Mundo, para manter a pespectiva multipla do mundo. Há milhares de formas de pensamentos, cada mente é um universo. E todo universo deseja expandir, toda mente necessita coexistir.

O pensamento hegêmonico tem tentado afogar essa perspectiva múltipla, tem ambicionado a decifrar os enigmas do mundo. Mas não há mistério algum na vida a ser solucionado por nós. Somos o “entre nós”, todas as mentes-universos, cada qual com sua singularidade, as chaves que abrem as portas do conhecimento.

A aparencia é de Caos. A montagem do quebra-cabeça desse caos cabe a você, que acessa o portal. É importantissimo que você acione o seu imaginário, abra as portas de sua mente-universo, para interpretar e refletir acerca dessas tantas visões de mundo. E, por fim, criar a sua própria visão de mundo. Isso é um início de pensamentos sistêmicos, de conexões em redes.

A Intenção é a formação de uma memória coletiva. Manter isso é mais que resistência, é questão de co-existência! Visamos acumular nesse portal uma espécie de acervo coletiva, manter um registro dessas tantas linhas de pensamentos (com exceção de meras especulações)! Há muita vida lá fora além dos horizontes que foram construídos para nós. A CCP busca as interpretações que estão fora do discurso hegemonico, deixar um registro da historia do pensamento coletivo vivo.

Nosso ideal é apagar a hierarquia entre as idéias e essas visões de mundo, de que nenhuma é mais elementar que outra, para que a memoria coletiva não fique estamentada. Para que todas as visões e pontos de vistas possam ter seu lugar ao sol, acabando com o paradigma da intolerância correlata, e assim, se dê a co-existência sistêmica.

Aqui o autor é assassinado! A memoria coletiva não comporta o ego do gerador de informação, conhecimento ou interpretação de mundo. É preciso socializar o conhecimento! Ele pertence a comunidade, não deve ser apropriado, monopilzado, estatizado ou privatizado. Nesse sentido, o anonimato deve ser esclarecido não no sentido de “ocultar-se”, “camuflar-se”, “esconder-se”, mas na intenção de suprimir a identidade. Aqui o individuo tem a oportunidade de aderir a um todo, de ser uma mente se concetando a uma grande rede de mentes em ebulição. Não acreditamos mais nos antigos paradigmas dos direitos de propriedades das idéias.

A CCP é uma cúpula de idéias, onde nenhuma idéia veio pra dominar, mas se pertencerem. A cúpula é nosso crânio, nosso corpo terrestre, nossa parcela de matéria e ação nesse mundo. O resto é coletivo. A cúpula não é segregadora, mas libertadora. O objetivo da CCP é reunir as várias cúpulas que existem neste planeta e provocar uma ebulição de existência. Emergir a real presença de atores ativos e pensantes que tem algo a dizer, mas não desejam impor. Como manter essa perspectiva? Os colaboradores da CCP podem enviar suas “visões de mundo”, abrindo mão da propriedade de suas idéias, em nome do portal da CCP. O que está no portal da CCP não pertence a mais ninguém como individuo, entidade ou instituição. Tudo passa a ser uma “projeção” do consciente coletivo, ou da Visão compartilhada (VC).

Nós, que aqui iniciamos essa ambição coletiva, não somos uma cúpula dentro do coletivo, somos apenas os propulsores de um movimento em rede, desse inevitável contexto histórico que agora se apresenta. Somos gente como todos vocês, que possuímos a capacidade de pensarem por nós mesmos, que desejamos expressar o que nos indigna e o que nos faz amar.

Não desejamos tomar o poder, e nem queremos que um poder nos tome! Pois que já descobrimos que o poder é para os desvirtuosos, para os que não compreenderam a beleza da coexistência; para os avaros que temem compartilhar sua “parte” com o “todo”.

Tampouco queremos construir utopias, pois não construimos nada, apenas compartilhamos o que já existe no caos e se projeta dentro de todos nós.

Estamos conectados no presente, não temos passado e nem projetamos algum futuro. O Agora é nosso caminho sagrado. Nosso céu é um manto de devires. Paradigmas de pensamentos cada vêz mais cooperativos fluem na mesma direção, e desejamos acompanhar o processo do conhecimento e da vida junto com todas as mentes-universo que acreditem nessa idéia.

A autonomia mental e a independência ideológica são as armas fundamentais da CCP. A geometria da mente é nossa estratégia. Um multimundo é nosso alvo.

Não queremos mais a interpretação de mundo e a experiência social que nos foi imposta. Queremos saber mais sobre o “todo”, queremos conhecer o “outro”, queremos a possibilidade de confrontar as “nossas diferenças”, queremos nos conectar com “A Rede”.

E nosso desejo é que, com o tempo, e se a História nos permitir, que a CCP entre em processo de autogestão.

Que o Caos esteja conosco...

CCP

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Diálogos

Um andarilho se depara com duas pessoas, um homem e uma mulher, que conversam sobre suas perspectivas relacionadas à humanidade no alto de uma paisagem paradisíaca. Fica um dado momento a ouvir a conversa, enquanto olha para o horizonte natural, e num certo ensejo replica-lhes com sua opinião o assunto.


— Ouçam vocês que são privados de ações e se empanturram de teorias. Feliz do homem que ama seu próximo e a si mesmo, pois não precisará de governo, nem de leis, nem de dinheiro, caso aconteça de seus iguais o seguirem.


Assustados e impressionados com sua interferência um dos dois lhe difere uma pergunta. Com intuito maior de cessar-lhe a atenção do que por gosto em atiçar a curiosidade. Ainda sentado, a observar suas roupas decrépitas e sujas, mochila nas costas, cabelos longos e desgrenhados, e aparência digna de pena, diz:


— Como consegue pensar assim, senhor, vivendo sem nada e ignorado por todos?

Eis que ele responde, com ares de divagação e afastando-se lentamente:


— Primeiro, filho, minha vida é uma negação extremada a isso que vocês chamam de civilização. Não contribuirei com isso. Segundo, meu caro, sua pergunta deveria ser “como a humanidade consegue pensar assim, isolada de tudo no infinito profundo, dependente de apenas si mesma que é seu pior predador?”


O andarilho se vai, desaparecendo no horizonte, enquanto os dois, num silêncio aflito, ficam a observar sua ida...


Partira o anti-reflexo da consciência dos homens.

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